terça-feira, 4 de outubro de 2011

Plano Municipal de Gerenciamento de Crise da Defesa Civil: prevenção para minimizar impactos frente a situações de risco

 
Teresópolis, 4 de outubro de 2011 – A Prefeitura de Teresópolis, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil, apresentou, na manhã desta segunda-feira, dia 3, o Plano Municipal de Gerenciamento de Crise da Defesa Civil de Teresópolis. O planejamento, que tem caráter preventivo, visa minimizar o impacto de desastres naturais sobre a população afetada. A proposta do encontro foi reunir todas as esferas da sociedade teresopolitana, estabelecendo uma estrutura de comando onde cada órgão tenha uma responsabilidade em casos de emergência.

 

O Plano Municipal de Gerenciamento de Crise define procedimentos e ações aplicáveis a eventos adversos, tendo como princípios básicos a responsabilidade, a prioridade nas ações de resposta às emergências, a distribuição de funções e competências, a participação e a articulação com outros planos.

 

Para o Prefeito Interino Arlei, esta é uma ação preventiva que poderá salvar vidas. “O que aconteceu em janeiro pegou a cidade de surpresa. Este plano é uma ação preventiva para que, caso aconteça algo daquele tipo novamente, o município esteja preparado para dar uma rápida resposta às pessoas”. Arlei lembrou ainda que esteve em Brasília na última semana e que a Presidente Dilma se comprometeu a mandar uma equipe a Teresópolis para fazer uma palestra para a equipe da Defesa Civil municipal. “Também vamos enviar uma equipe a Brasília para fazer um curso sobre prevenção, para que toda a equipe esteja preparada em casos de calamidade”, disse.

 

Tendo em vista que o período de chuvas ocorre entre os meses de outubro e março, a Defesa Civil de Teresópolis já começou a traçar atribuições prévias, para que, em casos de emergências, não haja improvisos ou imediatismos. “Desastres são fatores críticos tanto para a população atingida quanto para a administração municipal. Este plano é um instrumento de preparação e propostas, cujo elemento principal é o comprometimento de cada órgão. Nele, serão distribuídas funções e competências, atribuindo responsabilidades a cada um dos envolvidos”, explicou o Secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, Cel. Roberto Silva.

 

Plano de Defesa Civil

Uma população pouco preparada para situações adversas, associado a um ambiente vulnerável, tem como consequência prejuízos econômicos e sociais ao município. O Plano Municipal de Defesa Civil prevê ações que são capazes de minimizar momentos de anormalidade. Podem ser listados como os principais elementos do Plano os seguintes fatores: o conhecimento da área a atuar; a definição das responsabilidades de cada entidade; o cadastramento dos recursos humanos e materiais disponíveis; mecanismos de identificação de emergências; conhecimento do sistema de comando de gerenciamento proposto; mapeamento dos riscos e sistema de monitoramento de ameaças; e compromisso de atualização de dados e elaboração de planos de operação específicos.

 

“Vivemos o maior desastre natural do país, um dos maiores do mundo. Precisamos nos planejar para esta nova realidade. O planejamento, a divisão de tarefas, o cadastramento de recursos e o treinamento são tarefas que têm custo baixíssimo e interferem diretamente na segurança e no bem-estar da população”, afirmou Cel. Roberto. Segundo ele, o planejamento “fomenta soluções criativas e gera medidas efetivas e de baixo custo como a articulação e o envolvimento da comunidade. Comunidades mais preparadas tendem a sofrer menores perdas e danos”.

 

A Promotora de Justiça Anaíza Malhardes afirmou que Teresópolis possui áreas de instabilidade climática e geotécnica. “A sociedade nos cobra sobre como agir em casos de emergência, quer saber o que fazer em casos de uma nova catástrofe. Devemos expor este Plano à sociedade e as entidades devem apresentar o que cada um pode efetivamente fazer, como podem ajudar em casos de calamidade. Precisamos colocar logo este Plano em prática, pois já entramos em um período preocupante de chuvas”. Dra. Anaíza ressaltou ainda que são fundamentais sistemas de alarme eficientes e um bom sistema de acolhimento. Ambos já estão previstos no Plano.

 

A adoção do Plano de Defesa Civil é um instrumento de prevenção e preparação, cujo propósito é minimizar os efeitos dos desastres com a proximidade das chuvas. Cel. Roberto Silva faz questão de lembrar que todas as secretarias municipais participam da estrutura de execução e gerenciamento do Plano. O Centro Integrado de Comando Operacional (CICOp) funcionará nas instalações da Secretaria Municipal de Segurança Pública, na Várzea. O CICOp será o órgão responsável pela administração dos desastres, onde as divisões de tarefas específicas, gerenciadas pelo comandante do incidente, facilitam o gerenciamento da ocorrência.

 

Próxima etapa

No dia 25 de outubro, às 10 horas, no Teatro Municipal, as entidades interessadas em participar do Plano apresentarão uma planilha de protocolos e responsabilidades, exemplificando as funções que podem exercer em caso de uma nova tragédia. “Cada órgão irá apresentar o que pode oferecer e vamos montar uma logística de trabalho e atendimento à população eficiente em casos de necessidade. Demos neste primeiro encontro o primeiro passo, de motivação e preparação para a prevenção. Conseguimos reunir todas as esferas e vamos estabelecer uma estrutura de comando para que cada órgão fique à frente de sua responsabilidade”.

 

Participaram do primeiro encontro representantes da Promotoria de Justiça, da Secretaria Nacional de Defesa Civil, Marinha, Exército, Bombeiros, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Trilheiros, empresários e representantes de todas as secretarias municipais, entre outros.

 

 

Texto: Fabiana Fuchs

Foto: Marco Esteves


 
Fotos

Nenhum comentário:

Postar um comentário