quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Prefeitura e entidades apresentam protocolo de atribuições em caso de desastres naturais

 
Teresópolis, 25 de outubro de 2011 – Representantes da Prefeitura e das entidades que integram o Plano Municipal de Gerenciamento de Crise se reuniram nesta terça-feira, 25, para a apresentação do protocolo de suas atribuições e responsabilidades em caso de desastres naturais. O encontro aconteceu no Teatro Municipal, localizado no prédio da Prefeitura, e contou com a presença de secretários municipais e de representantes do Exército, Marinha, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública e Cruz Vermelha Brasileira, entre outros.

 

O Secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, Coronel Roberto Silva, relembrou o que é Plano Municipal de Gerenciamento de Crise e seus objetivos. O documento visa definir os procedimentos e ações de gerenciamento aplicáveis a eventos adversos, onde serão acionados todos os gestores responsáveis. O planejamento tem caráter preventivo e visa minimizar o impacto de desastres naturais sobre a população atingida.

 

“O comando do plano é do Prefeito, mas ele só funciona se houver colaboração e ajuda mútua de todos os entes envolvidos e posso perceber que esse sentimento de união está presente neste projeto. Agradeço a todos que participam porque a população será beneficiada com a resposta mais rápida, se ocorrer alguma situação de anormalidade”, frisou.

 

Coronel Roberto Silva apresentou o trabalho feito pelo Governo Municipal, pontuando a implantação do Sistema de Alerta e Alarme no município, que contemplará 10 comunidades situadas em áreas de risco com a instalação de 17 sirenes; a execução do Plano de Comunicações com Rádio Amadores; os cursos de administração de abrigos e o de risco geológico; e a formação dos NUDEC (Núcleos Comunitários de Defesa Civil).

 

 

Atribuições das entidades

 

Os representantes das entidades falaram sobre o trabalho desenvolvido na época da calamidade de janeiro deste ano e afirmaram que a experiência está ajudando no aprimoramento dos serviços prestados à população. “Na ocasião, eu estive em Nova Friburgo e essa experiência me possibilitou confirmar que precisamos ter sempre prontidão operativa para que a população afetada tenha o atendimento o mais breve possível”, ressaltou o Capitão de Mar e Guerra dos Fuzileiros Navais, Yerson de Oliveira Neto.

 

O Capitão elencou as etapas para a instalação de hospital de campanha, uma das frentes de atuação da Marinha em casos de sinistro. A instituição possui um corpo médico de diversas especialidades, farmácia, centro cirúrgico e laboratório. Além disso, Neto enumerou as informações que a Marinha precisa ter com antecedência, como, por exemplo, a planta do município, locais de abrigos e para pouso de helicópteros e contatos dos órgãos envolvidos no atendimento.

 

Em caso de calamidade, a Polícia Rodoviária Federal tem condições de, dentro de uma hora, enviar ao município quatro equipes com viaturas para apoiar na sinalização do trânsito. Dentro de oito horas, a PRF consegue estar presente com os núcleos de operações diferenciadas e, no dia seguinte, consegue disponibilizar uma aeronave, ambulância e efetivo maior. Além disso, os postos da PRF podem funcionar como pontos de recolhimento de donativos.

 

A Cruz Vermelha confirmou sua missão humanitária e destacou que pode contribuir na administração de abrigos e das doações e no atendimento de saúde. O chefe nacional de Socorros e Desastres da Cruz Vermelha Brasileira, Fernando Costa, esteve presente à reunião e ratificou o apoio às filiais da instituição na Região Serrana.

 

Representantes do Exército, do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, da CRT (Concessionária Rio-Teresópolis), da organização não-governamental Care Brasil, da Rádio Amadores, da Polícia Militar e do DRM (Departamento de Recursos Minerais) também explanaram sobre suas contribuições.

 

A Defensora Pública da 2ª Vara de Família de Teresópolis, Carla Stael, afirmou que é preciso previsão de estrutura para uma situação de catástrofe para que haja o mínino de danos e máxima reparação. Os promotores de justiça Anaíza Malhardes e Rodrigo Molinaro ressaltaram que o objetivo primordial é dar resposta no menor prazo possível e que o trabalho das entidades envolvidas deve ser integrado e coerente.

 

O Secretário Municipal de Cultura, Ronaldo Fialho, relatou sua experiência na ocasião do temporal e pontuou o trabalho de ressocialização feito nos abrigos. A Secretária de Desenvolvimento Social, Maria das Graças Granito, informou que já montou um plano de atuação e que está capacitando sua equipe para as situações de emergência.

 

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Civil, o próximo passo será compilar as informações dos protocolos de atribuições e responsabilidades entregues pelas entidades para dar prosseguimento ao plano.

 

Texto: Mara Lúcia

Fotos: Marco Esteves


 
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