RIO - O dia em que a tragédia que devastou a Região Serrana em janeiro de 2011 completou um ano foi marcado por protestos nas cidades atingidas pelas chuvas e por homenagens às mais de 900 vítimas da catástrofe. Em Teresópolis, na Praça Santa Teresa, manifestantes protestaram contra os desmandos que se seguiram à destruição. Houve um encontro das famílias dos desaparecidos e, às 18h, os manifestantes pediram um minuto de silêncio em homenagem aos mortos na tragédia. Em Nova Friburgo, manifestantes vestidos de branco rezaram pela vítimas e protestaram no Centro da cidade contra a inoperância do poder público.
Um ano depois das chuvas, pouca coisa mudou nas cidades atingidas. O cenário de devastação, com lama, pedras e casas destruídas, permanece até hoje presente no dia a dia dos moradores. Nenhuma das casas prometidas às vítimas foi entregue, bem como a grande maioria das obras de contenção de encostas e de recuperação de pontes.
Na manhã de quinta-feira, uma cerimônia com a presença do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, finalmente marcou o início das obras de infraestrutura para a construção de 2.166 unidades habitacionais e 68 unidades comerciais na localidade de Caminho do Céu, no distrito de Conselheiro Paulino, em Nova Friburgo. Segundo o governo, 550 unidades serão entregues às vítimas da chuva até o fim do ano. O restante só deve ser concluído em 2013.
À tarde, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) iniciou a demolição de 15 imóveis em Córrego D’Antas para construção de um Parque Fluvial.
Inea: parque vai evitar novas ocupações
Marilene Ramos, presidente do órgão, argumentou que a demolição dos imóveis só está sendo conduzida agora por que foi necessário concluir o estudo técnico que definiu as áreas com alto risco de inundação. Segundo o Inea, o parque vai evitar novas ocupações. O projeto prevê áreas de lazer, mobiliário urbano, equipamentos para realização de atividades esportivas, além de dispositivos de controle de inundações, como bacias de detenção, pavimentos permeáveis e trincheiras de infiltração. As margens do rio também passarão por reflorestamento, com o uso de espécies vegetais nativas da Mata Atlântica. O Inea também fará obras de canalização, dragagem e construção de barragem de amortecimento de cheias no Rio Bengalas.
Materia do Jornal Extra
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