A polícia entrou no caso porque Maria Verônica recebeu doações de fraldas, berços e roupas. Um inquérito investiga se a educadora agiu de má fé para obter vantagem financeira. Ela pode responder por falsidade ideológica e estelionato.
- A gente ainda não pode responder essa pergunta - disse o advogado. A professora afirmou a ele que está "destroçada" com a situação. As quatro Marias, que deveriam nascer nesta sexta-feira, tinham enxoval. Segundo o advogado, Verônica vai doar os presentes que ganhou. Enilson de Castro também revelou que Maria Verônica Vieira vai depor sobre o caso na semana que vem.
Ele disse que a mulher não desmentiu a gravidez antes por causa da grande repercussão que o caso tomou.
A coletiva de imprensa foi realizada na sede da OAB de Taubaté, na presença do delegado seccional da cidade, Ivahir Freitas Garcia Filho.
Uma funcionária da escola infantil de Maria Verônica, que não quis se identificar, contou à TV Vanguarda nesta sexta-feira que recebeu uma ligação de um parente da suposta grávida.
- Uma ligação de uma pessoa próxima da Verônica dizendo que não era para ir trabalhar mais, porque descobriram que ela não está grávida e era perigoso abrir a escola - revelou.
Ela disse ainda ter ido à casa de uma das madrinhas de Verônica e confirmado a falsidade da gravidez.
- Então, disse que descobriram essa madrugada que é brinquedo, travesseiro, cobertor de criança que ela colocava, e que não está grávida realmente. O marido dela também não sabia de nada e ele ficou chocado com isso.
Na escola infantil de Verônica, as portas estavam fechadas. O aposentado Roberto Faria dos Santos, que mora no bairro há 57 anos, viu várias vezes a suposta grávida e disse que do dia para noite ela apareceu com o barrigão.
- Cresceu de repente, porque eu vejo ela entrar e sair. Desce do carro, vai para a escolinha. De repente eu vi ela gorda daquele jeito - falou.
Com uma barriga enorme, Maria Verônica Vieira se dizia grávida de quadrigêmeos e na 35ª semana de gestação. O caso foi revelado pela VNews, site da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo. A reviravolta do caso aconteceu nesta semana, depois que o médico que atendeu a mulher até o fim do ano passado levantou suspeitas sobre a gravidez. Desde então, o casal nunca mais foi visto e não atende às ligações.
A Polícia Civil de Taubaté até agora não conseguiu localizar Verônica. Por duas vezes eles tentaram entregar a intimação. Numa delas, o próprio advogado da mulher não quis receber o documento. "Mas, a gente espera que independentemente dessa notificação por parte da polícia, que ela venha até nós, acompanhada do seu advogado constituído e forneça as informações necessárias para a gente colocar um ponto final em todo esse problema que foi causado pelas informações da não gravidez dessa senhora - disse o delegado responsável pelo caso, Ivahir de Freitas Garcia Filho.
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