RIO - O policiamento foi reforçado no prédio da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O motivo é a votação, em discussão única, do projeto que prevê o reajuste aos servidores da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e de agentes penitenciários. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio Tiradentes, o reforço tem como objetivo evitar uma confusão igual a registrada em setembro de 2011, quando foi aprovado o projeto de lei que autorizou o Executivo a contratar Organizações Sociais para a gestão de hospitais e unidades medicas do estado. À época, a polícia chegou a usar spray de pimenta contra os manifestantes, e parlamentares e seguranças da Casa chegaram a ser agredidos.
Outro motivo para o pedido do policiamento seria evitar ainda problemas como os que ocorrem na Bahia, com a greve da Polícia Militar. Desde o início da greve, há uma semana, mais de cem homicídios foram registrados no estado, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Na segunda-feira, no entanto, o governador Sérgio Cabral afirmou que não acredita em radicalização.
— Eu não tenho dúvidas de que os nossos profissionais de segurança têm consciência de que esta é uma profissão de serviço público essencial. De que, pela credibilidade que conquistaram, pelo apreço que a população tem por eles, pelas conquistas que conseguimos, vamos ter não só um carnaval, mas um dia a dia tranquilo — afirmou Cabral na segunda-feira.
Neste momento, a escadaria da Alerj está completamente cercada de policiais, e há três carros do Batalhão de Choque no local. Por enquanto, no entanto, os manifestantes ainda não chegaram ao prédio, mas segundo os seguranças da Casa, eles devem chegar ao Centro junto com suas famílias.
O projeto de lei, que será votado nesta terça-feira, prevê o pagamento cumulativo em três parcelas, o que vai representar um reajuste total de quase 39% no biênio 2012/2013. Segundo o secretário de estado da Casa Civil, Régis Fichtner, o projeto também vai nivelar pelo teto o auxílio moradia que antes possuía dois níveis: um para policiais e bombeiros solteiros e outro para casados. Segundo ele, os policiais e bombeiros solteiros receberão a título de auxílio moradia o mesmo valor que policiais e bombeiros casados, que é mais alto.
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